Quanto tempo
que nós não nos víamos. Eu estava realmente morrendo de saudade daquela
rapariga.
Abracei-la
fortemente em meu corpo.
Abracei-la
tão forte que ela suspirava de prazer e tormento.
Puxei seu
pescoço abruptamente perto de mim, e a beijei sugando todo o sumo que escorria
de seus poros; mas meu beijo, estranhamente, não foi correspondido.
Seu modo
frio me estranhou bastante. Ficou indiferente demais. Parecia que ela não sentia
o mesmo prazer que eu sentia ao nos revermos.
Então lhe
peguei a força, e assim lhe estuprei. Sim, lhe possui a força.
Mas acontece
que ela não reagia, e não precisei de força alguma para lhe sugar.
Só depois de
espirrar meu gozo por seu corpo e me estender nele, foi que percebi que a
mulher que eu tanto amo, na verdade estava morta.
Talvez tenha
sido o meu abraço forte, a minha ânsia, a angustia, a saudade doentia que eu
tinha por ela que a tenha matado.
Talvez se se
ela sentisse a mesma ansiedade, a mesma saudade que eu senti, ela poderia,
talvez, ter sobrevivido.
Por Patrik Santos